Mulher dá à luz a uma menina na UPA de Criciúma

Apesar de o local não ser adequado para a realização de partos, a equipe manteve união e tranqüilidade, possibilitando o sucesso do primeiro parto ocorrido na unidade.

O preparo e a união de uma equipe de oito profissionais garantiu um final feliz para uma paciente grávida que deu entrada na UPA – Unidade de Pronto Atendimento de Criciúma durante um recente plantão noturno.

Era por volta das 19h quando a grávida deu entrada na unidade reclamando de muitas dores. Havia a suspeita de que a moça teria uma gravidez ectópica – quando a criança é gerada nas trompas, não no útero – mas a surpresa foi maior: na verdade, a paciente estava em adiantado trabalho de parto.
Sem tempo hábil para a transferência da gestante, a equipe que atendeu a ocorrência contou com nove profissionais – três médicos, duas enfermeiras e quatro técnicos de enfermagem – que atuaram com espírito de equipe e agilidade para auxiliar a paciente no primeiro parto ocorrido naquela unidade de pronto atendimento.

“A UPA não é um local adequado para partos, é preparada para atendimentos de média complexidade e sem internação. Apesar disso, a urgência da situação fez com que a equipe se unisse e prestasse esse atendimento, que culminou no nascimento de uma bela menina aqui na sala de trauma da nossa unidade”, festeja o diretor do UPA, Fabiano Teixeira, que diz que o momento foi de muita emoção a todos da equipe: “Em momentos especiais como esse, fico muito orgulhoso da equipe de enfermagem coordenada pela gerente Katiani Albano, é uma equipe de profissionais altamente qualificados e preparados para diversos tipos de urgências, para servir e salvar vidas”, afirma.

A certeza de que a paciente estava no momento do parto e sem tempo para transferência a um hospital foi constatada pelo médico Diego Simiano e a enfermeira obstetra Patrícia Bordignon que possui uma experiência de seis anos em centros obstetrícios, a enfermeira é autorizada pelo Conselho Federal de Enfermagem a fazer partos sem complexidade, e sua experiência foi fundamental para a condução do parto normal na sala de trauma da UPA de Criciúma, que felizmente, foi rápido e sem nenhuma seqüela, já que a mãe da criança também estava tranqüila e colaborativa.

Em questão de minutos após o exame de toque, às 19h48, na sala de trauma da UPA, em Criciúma, nasceu uma bela menina, que representa o primeiro parto ocorrido naquela unidade. Mãe e criança passam bem, e foram encaminhadas pelo Samu ao Hospital Santa Catarina logo depois do procedimento.

“Graças a uma equipe unida e esforçada, conseguimos ter sucesso nesse atendimento, que resultou no primeiro parto aqui na UPA de Criciúma”, destacou a enfermeira obstetrícia, que disse que embora tenha somado grandes experiências em sua carreira, este primeiro parto na UPA será inesquecível: “Foi uma correria, uma tensão, porém muito emocionante e recompensador. Um privilégio ver a sincronia da equipe em prol do sucesso deste procedimento e perceber que o espírito de equipe faz a grande diferença. Para mim, um momento que vou guardar por toda a vida”, finalizou.