Bebês passam por cirurgia cardíaca no IMAS/Hospital Imigrantes em Brusque

Os pacientes, uma menina de um ano e um menino de oito meses precisavam do procedimento cirúrgico para Correção de Persistência do Canal Arterial (PCA)

A equipe de pediatria do Instituto Maria Schmitt – IMAS realizou duas cirurgias cardíacas em bebês pelo Sistema Único de Saúde – SUS, na última sexta-feira (26), no Imigrantes Hospital e Maternidade de Brusque. Os pacientes, uma menina de um ano e um menino de oito meses passaram pelo procedimento cirúrgico de Correção de Persistência do Canal Arterial (PCA). Os procedimentos foram os primeiros de muitos que serão realizados neste ano, em parceria com o Governo do Estado, para melhorar a qualidade de vida das crianças e amenizar o sofrimento de diversas famílias catarinenses.

Para o diretor técnico do IMAS/Hospital Imigrantes, Dr. Fernão Araújo, os procedimentos cirúrgicos realizados em bebês neste início de 2024 vêm reforçar a atuação do hospital na pediatria de Brusque e região, mas também em todo Estado.

“Temos investido muito na pediatria, tanto no atendimento particular e de convênios, como nas demandas do Sistema Único de Saúde por meio de cirurgias eletivas, em parceria com o Governo do Estado de Santa Catarina, com o suporte do nosso Centro Cirúrgico e UTI Pediátrica de última geração. Os investimentos passam por insumos, materiais, instrumentos e pela contratação de profissionais referência em suas áreas. A cada atendimento realizado, fica mais evidente o jeito IMAS de fazer saúde na nossa região”, ressalta.

Entenda o PCA

“O vaso sanguíneo que liga a Aorta (maior artéria do nosso corpo) à Artéria pulmonar (que leva sangue do coração para o pulmão) é chamado de Canal Arterial. Esse vaso é muito importante enquanto o bebê ainda está na barriga da mãe. Após o nascimento, ele se fecha sozinho, em geral em 48 horas. Quando isso não acontece chamamos de Persistência de Canal Arterial (PCA), sendo que Persistência quer dizer que ficou aberto”, explica o cirurgião cardiopediatra, Dr. Daniel Hoyer, que atuou com uma equipe formada por mais de 10 profissionais no centro cirúrgico.

De acordo com ele, o PCA pode ter diversos tamanhos e formatos, se for grande acaba deixando passar muito sangue da Aorta para a artéria pulmonar, causando complicações clínicas, e caso contrário se for  pequeno, deixando passar bem pouco sangue, apresenta um grau de repercussão clínica menor. “O bebê recém nascido inicialmente pode ser tratado com uma medicação específica para ajudar no fechamento do PCA. Se não houver sucesso, pode ser necessária a cirurgia cardíaca para o fechamento dos casos mais complicados. Na maioria dos casos,  os pacientes podem ser tratados pelo cateterismo cardíaco, quando um cateter (tubinho flexível) é levado até o coração, entrando por uma veia e outro por uma artéria da perna, e uma pequena peça (dispositivo) é colocada para fechar o PCA. Quando bem indicado, é um procedimento com baixo risco”, acrescenta o médico.

Pacientes e famílias A pequena Bianca Luiza Pedroso (1) aguardava a cirurgia desde os dois meses de vida e veio de Navegantes com a mãe Claudia Luiza Machado para passar pelo procedimento no IMAS/Hospital Imigrantes. “Descobrimos quando ela nasceu, com outras malformações – estenose de jup e fenda palatina. Então foi feita uma investigação e se descobriu a cardiopatia (CIA e PCA)”, conta a mãe.

Ela revela que receber a informação de que sua bebê precisava de cirurgia não foi fácil. “Mas não nos deixamos abalar, pois todos os três probleminhas tinham solução cirúrgica”, ressalta.

Já a família do pequeno Levi do Nascimento Silva (8m) aguardou quatro meses após o diagnóstico para a realização do procedimento cirúrgico, como conta a mãe Maria Daniela Pedro da Silva. “O diagnóstico foi dado através de uma internação, quando foram realizados exames. O atendimento foi ótimo no hospital. Com força, fé e muita persistência no final tudo dá certo”, ressalta ela, que está na expectativa do filho ganhar alta hospitalar.