IMAS e Conselho Consultivo do HRA definem prioridades

O primeiro encontro entre o Conselho Consultivo e o Instituto Maria Schmitt, atual gestor do Hospital Regional de Araranguá aconteceu na terça-feira da semana passada, dia 11 e serviu para estreitar os laços entre as duas instituições. Avaliada como extremamente produtiva, a reunião também culminou com a definição de prioridades para a instituição hospitalar.
O conselho consultivo do Hospital Regional de Araranguá é um órgão colegiado que possui a finalidade de acompanhar e propor o desenvolvimento das ações e serviços de saúde na instituição, assim como analisar e emitir pareceres sobre o planejamento orçamentário e sua efetiva execução financeira, auxiliando na melhoria da gestão da Instituição hospitalar, atualmente gerida pelo Instituto Maria Schmitt. Este conselho consultivo é formado por 14 pessoas de reconhecida idoneidade e capacidade, experiência e alinhados a missão, visão e valores do Hospital.

Segundo o presidente da entidade, Ricardo Assis Alves, o primeiro encontro foi com intuito de entender o atual funcionamento do hospital. “Nosso objetivo é fazer um meio campo entre a Organização de Saúde-OS, Governo e Comunidade, resgatando a credibilidade do hospital. Estamos à disposição para ser parceiros com transparência. Queremos conhecer as dificuldades para ver onde podemos ajudar,” afirmou.

Ricardo Ghelere, Vice-presidente do IMAS citou algumas prioridades na melhoria da infraestrutura do hospital como a pintura, corrigir infiltrações, reforma do pronto-socorro e da rede elétrica. Ele lembrou que a instituição está há 15 anos sem investimento enquanto o Hospital São José de Criciúma por exemplo, teve 15 milhões em investimentos. “Queremos mudar essa história, tornar o hospital referência e conseguir mais recursos do governo, mas para isso o apoio do conselho para recuperar a imagem do hospital é imprescindível” pontuou.

Segundo Rafael Bonfada, diretor geral do HRA, que trabalha há quase 10 anos com gestão hospitalar, o primordial agora é investir em pessoas, mudar hábitos antigos e resgatar a autonomia administrativa, além de aumentar o controle dos materiais e medicamentos, bem como diminuir os índices de acidente de trabalho. “O profissional precisa de melhores condições de trabalho, sabemos fazer isso mas precisamos de ajuda para investimentos. Gostaríamos de trazer tecnologia e parcerias como a Universidade Federal de Santa Catarina. Precisamos movimentar a sociedade pra resgatar a credibilidade do hospital, estamos fazendo a parte técnica e precisamos do auxílio de vocês para o resto. Vamos ser transparentes, vamos apresentar números e informações que permitirão conhecer a realidade, essa é a nossa maneira de trabalhar,” afirmou.

O diretor técnico do hospital, Eduardo Dominguez complementou: “Logo no primeiro mês já tivemos algumas mudanças, o número de espera no pronto socorro diminuiu. Alocamos um coordenador em cada setor e conseguimos avaliar melhor as demandas, com mais agilidade. A abertura da policlínica também ajudou muito porque é um ambiente mais humanizado para receber as pessoas” revelou.

Djool Maçaneiro, membro do Conselho, diz ter ficado satisfeito com os primeiros dias de gestão do IMAS e afirma confiar no trabalho da equipe multidisciplinar apresentada. Lembrou ainda que o grupo está preocupado com a saúde da comunidade. “Queremos estar cientes das dificuldades e dos problemas. O conselho fez pouco até agora pois ficamos sabendo das coisas depois que acontecem. Somos a voz da comunidade aqui dentro então precisamos saber das pequenas coisas pra ajudar a evitá-las. Queremos antecipar, ser mediador entre instituto, sociedade e governo. Acredito que antes das novas especialidades, antes de fazer algo novo devemos fazer primeiro o dever de casa, o básico, cumprir as metas, ter um bom atendimento, a gestão tem que ter essa credibilidade para conseguir os recursos necessários. Porque quando a sociedade vê que os valores são bem destinados passa a existir o investimento, inclusive de empresas privadas.”

Para a próxima reunião o conselho solicitou três projetos com as prioridades do hospital, a partir destes projetos irão avaliar as necessidades e ver onde tem condições de conseguir investimentos.